As férias chegaram ao fim. Afinal, foram mais curtas do que estava previsto, pois tivemos que as interromper para apresentarmos as nossas danças em Bodiosa. Amanhã, dia 8, estaremos em Vouzela a participar na MARCHA PELA PAZ. Com boa vontade tudo se faz, o que interessa é haver compreensão e gostarmos mesmo a sério daquilo que andamos a fazer, pondo o nosso rancho acima de todos os problemas mesquinhos. Hoje, recomeçámos os ensaios e os convívios semanais que nos vão proporcionar momentos de alegria e de sã camaradagem. Lá para a frente, virão os palcos e a satisfação de podermos mostrar as nossas danças e os nossos cantares, sempre bem acompanhados pela nossa tocata.
Nos primeiros anos da existência do nossos Grupo, foram feitas quase todas as recolhas de danças e cantares que constituem o nosso reportório. As letras foram escritas em algumas folhas soltas e nunca houve o cuidado de lhe dar um tratamento mais cuidado. É certo que há um pequeno caderno, feito por um ex-elemento do Rancho, que tem quase todas as letras. Contudo, a direcção está a preparar um caderno, com um visual melhorado, que pretende distribuir pelos elementos do Grupo, lá para o fim do ano.
Para além das recolhas das danças e cantares, em certa altura, um grupo de jovens bailarinas fez uma série de recolhas de contos, orações, rezas, provérbios, etc. . Vamos aproveitar o nosso Blogue para as dar a conhecer aos nossos amigos. Assim, vamos começar por um conto muito engraçado.
Certo dia, três viajantes encontraram um lobo morto numa serra. Admirados, interrogavam-se sobre o que teria acontecido ao pobre do bicho. A certa altura, o mais novo, brincalhão como sempre, disse para os outros: " Aqui temos o mote para saber quem vai pagar o almoço. Vamos fazer uns versos sobre a morte do lobo e pagará o almoço o autor da quadra mais feia ". Os outros dois companheiros aceitaram o desafio. Logo, o mais velho disse: " Este lobo, que aqui acabou, muita carne comeu e nenhuma pagou ". O do meio pensou e atirou para o ar: " Este lobo, que aqui deixou a vida, muita carne comeu mas nenhuma cozida ". O mais novo, atrapalhado com a rapidez e sabedoria dos amigos, pensou três vezes e disparou " Este lobo, que aqui quis tomar a sesta, já tomou muitas mas nenhuma como esta ". Se fazer os versos não foi muito difícil, o pior foi classificá-los. Como não chegaram a nenhuma conclusão, resolveram ir pôr o caso a um advogado da vila mais próxima. Lá chegados, foram recebidos por um sábio doutor de leis que, depois de ouvir as explicações dos três amigos, leu os versos, coçou a cabeça e disse: " Os três versos são muito bons, pelo que não consigo saber qual é o melhor. A única maneira de resolver este problema será vocês os três pagarem o almoço e terem-me como convidado ". Os amigos olharam uns para os outros e, como não sabiam como contrariar a douta opinião do advogado, acenaram a cabeça em sinal de concordância.
Vilar, 7 de Novembro de 2009
A Direcção