ESTAMOS DE LUTO ...

Estamos de luto, faleceu, no dia 17, o Senhor Armando da Costa, fundador do Rancho Folclórico de Vilar de S. Miguel do Mato.

Armando da Costa nasceu em Vilar, no dia 17 de Maio de 1910, morreu com 99 anos e 7 meses. Filho de Narciso da Costa e de Margarida da Conceição, era o mais velho dos seis irmãos. Viúvo de Gracinda da Costa, pai de 7 filhos, avô de 10 netos e bisavô de 4 bisnetos. O seu funeral, com Missa de Corpo Presente na Igreja Paroquial de S. Miguel do Mato, foi uma grande manifestação de pesar de muitos dos seus inúmeros amigos.

Foi no ano de 1983 que Armando da Costa realizou um grande sonho: A fundação do Rancho Folclórico de Vilar de S. Miguel do Mato. Por incrível que pareça, tinha, nessa altura, a bonita idade de 73 anos. Na verdade, Armando da Costa já não era propriamente um jovem, mas, saudável e com um espírito alegre e brincalhão, tinha muitos e muitos amigos e, sobretudo, um grande amor pela sua terra natal, Vilar. Passados que são estes 26 anos, o Rancho Folclórico de Vilar de S. Miguel do Mato tem actuado por todo o país, levando o nome de Vilar e da Freguesia de S. Miguel do Mato a serem conhecidos como nunca antes foram. Durante estes anos, algumas centenas de pessoas, jovens e menos jovens, passaram pelo nosso Grupo aprendendo a amar a Cultura Popular da sua região e, com todo o entusiasmo, a preservá-la e a divulgá-la através das romarias e dos festivais em que participaram. Por tudo isto, muito muito obrigado Senhor Armando da Costa.

Armando da Costa tinha um amigo em todas as pessoas que conhecia. Para nós, pessoalmente, foi a perda de um tio e, acima de tudo, a perda de um grande companheiro. De tal maneira, que só hoje tivemos um pouco de coragem para escrever algumas palavras de homenagem a este grande amigo. Lá no céu, onde com toda a certeza estará, vai olhando por todos nós ... obrigado, muito obrigado por tudo de bom que fez e pelo exemplo que nos deixou.

Aconteceu na Estrada Romana...

antiga estação da CP de Moçâmedes

Após alguns dias sem vontade de escrever, voltamos ao contacto com os nossos amigos com mais um conto recolhido, há já alguns anos, em Vilar. Quero, uma vez mais, lembrar que as recolhas são autênticas, só com um pequeno retoque na redacção.


Certo dia, andava o João a guardar 3 porcos que comiam bolotas caídas de um frondoso e secular carvalho, lá para os lados da Estrada Romano, quando foi surpreendido com a chegada de dois homens que seguiam na direcção de Viseu. O mais velho, que vestia samarra e calçava botas de cabedal, saudou o jovem pastor e perguntou-lhe :
- " Olha lá rapaz, que tens nesse cesto?"

- " Por causa disso é que está coberto pela toalha"

- " Ai sim, não sabia. Olha, para onde vai esta estrada?"
O João estranhou o tom trocista com que o estranho passante o interrogou, puxou a boina para trás e, olhando para os olhos do seu interlocutor, respondeu:

- " Esta estrada, meu senhor, não vai para lado nenhum. As pessoas e os burros que nela andam é que vão para Norte ou para Sul e para um lado ou para outro, mas não se preocupe que, como foi feita pelos romanos, também vai dar a Roma e, com a passada que leva, vai lá chegar em poucos dias."

O homem não conseguiu retorquir, tossiu e olhou para o amigo com uma cara como que envergonhado. O mais novo, não tinha mais de 25 anos, resolveu defender a honra do colega de viagem e, com voz grossa e cara de poucos amigos, dirigiu-se ao pequeno pastor:

- "Olha lá, ó rapazote, de quem são esses porcos?"

- "São daquela porca que anda ali".

- "Não foi isso que eu perguntei. Quero saber quem é o dono deles".

- "São de um homem que o Senhor não conhece".

- "Tu és tolo rapaz, eu conheço meio mundo".

- "Pois é, mas ele é do outro meio que o Senhor não conhece!"

A brincadeira não estava a correr de feição para os estranhos viajantes. Mesmo assim, o mais velho voltou a questionar o rapaz:

- "Aqui há muitos coelhos?

- "Não senhor, andam por aí muitos caçadores?"

- "Se calhar o cão do teu pai anda sempre atrás deles"?

- "O cão do meu pai não tem tempo de andar aos coelhos ... anda atrás da cadela da sua mãe"

Os homens sorriram, viraram as costas ao nosso rapaz e continuaram viagem.



sede da Junta de Freguesia e o novo Jardim de Infância

Natal 2009

Dia 19 de Dezembro, pelas 20 horas, terá lugar a Ceia de Natal da nossa Associação. Nela poderão participar todos os sócios e amigos. Basta marcarem para os tel.964808758 / 969061164 até ao dia 15.

A Direcção da Associação faz votos de um Natal feliz e um próspero Ano Novo para todos os nossos amigos. Aos nossos conterrâneos espalhados pela Europa enviamos um grande abraço de amizade.

MAIS UM CONTO

Capela do Espírito Santo - onde Caria acaba e Vilar começa

A MARCHA PELA PAZ lá vai a caminho da Cordilheira dos Andes e nós, por cá, continuamos a fazer votos para que os dirigentes dos países poderosos ouçam todos os apelos destes milhares de cidadãos que por todo o lado exigem o fim das guerras e a construção de uma sociedade mais justa a viver num clima de NÃO-VIOLÊNCIA.

Hoje, vamos transcrever mais um conto e, a partir de agora, publicar fotos com motivos da nossa região. A de hoje é da capela do Espírito Santo, em Caria. Diz-se, será lenda?, que esta capela foi centro religioso de uma grande área geográfica, ainda antes da nacionalidade. Mais tarde, teria dado origem às paróquias de S. Miguel do Mato, S. Miguel de Queirã e S. Miguel de Bodiosa. É de notar que a estrada romana que ligava Viseu a Aveiro passava a poucos metros desta capela. Era, também, conhecida pelo estrada da sardinha, pois por ela chegava ao interior o peixe do mar de Aveiro. Saía de Viseu pela Serra do Crasto, atravessava Caria, Carvalhal do Estanho, Carregal, Figueiredo das Donas, Fataunços, Vouzela, Talhadas e seguia para Aveiro através de Águeda.


CONTO DO VIRA-LOBOS


Conta-se que, numa aldeia da nossa região, há muitos muitos anos, vivia um rapaz com um porte físico pouco vulgar e que, por isso mesmo, chamava a atenção de quem o olhava. Diziam que tinha 1,950 m de altura e pesava nada menos de 130 Kg. Apesar da sua estatura, era bem proporcionado, bem parecido e muito simpático. Por isso, não admira que as raparigas vissem nele um bom companheiro para as acompanhar ao altar. Nem só o físico e a simpatia eram motivo de atracção para as raparigas, é que o rapaz era o que se podia chamar um paz de alma. Não ingeria bebidas alcoólicas, nunca alguém o viu metido em zaragatas, ajudava a família e os vizinhos nos trabalhos agrícolas e colaborava em todas as actividades culturais e recreativas da sua aldeia. Era amigo de todos os rapazes da sua terra natal e com eles participava nas brincadeiras e tradições próprias das diversas épocas do ano. Não faltava a uma desfolhada, tinha um entusiasmo enorme pelas malhas do centeio, pelo Carnaval era o melhor jogador do panelo de barro, no S. João ajudava a tirar os vasos de cravos e os carros de bois das casas dos habitantes da sua aldeia para, depois, os exporem no largo da capela. No salto ao galo era um campeão, quando aparecia o galo já tinha dono.
Era conhecido por Zé Leal, Zé diminutivo de José e Leal, talvez, pela sua calma e bondade, de família não, porque pertencia aos Pereiras. Era um amante da natureza, adorava contemplar as flores e era incapaz de maltratar um animal por mais insignificante que fosse. Dizia-se até que, por vezes, andava a pé para não carregar a burra "Orelhuda" que lhe servia de transporte e de ajudante nos trabalhos agrícolas.

Nessa época, as serras da nossa região eram lar de muitos animais selvagens: raposas, lobos, texugos, linces, javalis, veados, etc. . Uma alcateia de 5 lobos trazia as povoações vizinhas em grande alvoroço, atacavam com frequência os rebanhos e havia quem afirmasse ter visto os lobos a comerem os cães que há alguns dias tinham desaparecido. Dizia-se que o chefe da alcateia, um corpulento lobo acastanhado, tinha unas dentes caninos do tamanho da lâmina de uma navalha de enxertia. O povo, principalmente as mulheres e as crianças, andava assustado e poucos se atreviam a sair à rua depois do sol se esconder atrás da Serra do Caramulo.

Certo dia, ainda o sol começava a espreitar por cima dos montes lá para os lados de Viseu, o nosso amigo Zé Leal, acompanhado pela "Orelhuda", saía da aldeia a caminho de um pinhal com o propósito de apanhar tojo e caruma para fazer cama nova à amiga burra. Ainda não tinham passado os terrenos cultivados e eis que lhe surge pela frente, a uns três metros, a tão temida alcateia. A comandar, o tal lobo acastanhado com os dentes arreganhados em sinal de ataque eminente. Dois metros atrás, os outros quatro lobos, com pelagem mais cinzenta, à espera de ordens do seu chefe. A burra empinou-se nas patas traseiras, bufou pelas narinas e fugiu na direcção da aldeia. O nosso Zé, recomposto da surpresa, virou-se para o lobo e disse: "o melhor é ires pregar a outra freguesia porque não me encontro muito bem disposto e as asneiras que vocês têm andado por aí a fazer merecem uma boa lição". O chefe da alcateia não compreendeu nada da conversa do nosso Zé, olhou para os colegas, abriu a boca e saltou sobre o nosso amigo. O Zé era Leal de nome mas não medroso, não conhecia a palavra cobardia. Teve poucas décimas de segundo para contemplar aqueles enormes dentes caninos que ameaçavam cortá-lhe a garganta. Não recuou, olhou para aquela enorme boca aberta e, sem vacilar, meteu, com toda a força, a sua mão direita boca abaixo do lobo. Foi empurrando empurrando até encontrar a ponta do rabo. Parou para respirar um pouco e recuperar força, puxou pelo rabo até ele chegar à boca. Mais umas puxadelas e o lobo ficou virado às avessas. Só nesta altura é que o nosso amigo se lembrou dos outros quatros lobos, olhou para um lado olhou para o outro e das feras nem rasto. Então, desapertou as botas e com os atacadores pendurou o lobo, pelas patas traseiras, num ramo de uma oliveira, a secar ao sol.

Este heróico feito logo correu mundo, era motivo de conversa em todas as aldeias, feiras, festas e romarias. O nosso amigo passou a ser um herói para toda aquela gente e, de tal maneira, que esqueceram o Leal do seu nome para o apelidarem de Zé Vira-Lobos.


Não sei se gostaram destas duas histórias de lobos. O certo é que as recolhas foram feitas assim e nós só demos um jeitinho na sua redacção.

Com certeza que alguns dos nossos amigos devem saber contos bonitos e, se não souberem, falem com os vossos avós que eles saberão mais do que um. Aproveitem o nosso sitio para os escreverem e nós teremos imenso gosto em os publicar.



Um grande abraço para todos


A Direcção


Vilar, 12 de Novembro de 2009

MARCHA MUNDIAL PELA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA

Hoje, dia 8 de Novembro , foi realizada, em Vouzela, a MARCHA MUNDIAL PELA PAZ E NÃO- VIOLÊNCIA com a participação de várias colectividades do concelho (Bandas de Música, Ranchos Folclóricos, Grupos de Cantares, Bombeiros, Escuteiros, Grupos de Bombos, IPSS e várias Escolas) e de outras pessoas que vieram das diversas freguesias do concelho. É de salientar a presença de várias personalidades de algumas cidades Galegas, do Porto e de Aveiro.

Este movimento pacifista teve início em 2 de Outubro, na Nova Zelândia e vai terminar no próximo dia 2 de Janeiro, na Cordilheira dos Andes. Durante este período, passará por mais de 100 países.

A Marcha em Vouzela correu muito bem, apesar da chuva miudinha que, por vezes, caía. Seguem algumas fotos dos participantes.

Vilar, 8 de Novembro de 2009


A Direcção


ACABARAM AS FÉRIAS ...

vista parcial de Vilar


As férias chegaram ao fim. Afinal, foram mais curtas do que estava previsto, pois tivemos que as interromper para apresentarmos as nossas danças em Bodiosa. Amanhã, dia 8, estaremos em Vouzela a participar na MARCHA PELA PAZ. Com boa vontade tudo se faz, o que interessa é haver compreensão e gostarmos mesmo a sério daquilo que andamos a fazer, pondo o nosso rancho acima de todos os problemas mesquinhos. Hoje, recomeçámos os ensaios e os convívios semanais que nos vão proporcionar momentos de alegria e de sã camaradagem. Lá para a frente, virão os palcos e a satisfação de podermos mostrar as nossas danças e os nossos cantares, sempre bem acompanhados pela nossa tocata.

Nos primeiros anos da existência do nossos Grupo, foram feitas quase todas as recolhas de danças e cantares que constituem o nosso reportório. As letras foram escritas em algumas folhas soltas e nunca houve o cuidado de lhe dar um tratamento mais cuidado. É certo que há um pequeno caderno, feito por um ex-elemento do Rancho, que tem quase todas as letras. Contudo, a direcção está a preparar um caderno, com um visual melhorado, que pretende distribuir pelos elementos do Grupo, lá para o fim do ano.

Para além das recolhas das danças e cantares, em certa altura, um grupo de jovens bailarinas fez uma série de recolhas de contos, orações, rezas, provérbios, etc. . Vamos aproveitar o nosso Blogue para as dar a conhecer aos nossos amigos. Assim, vamos começar por um conto muito engraçado.

Certo dia, três viajantes encontraram um lobo morto numa serra. Admirados, interrogavam-se sobre o que teria acontecido ao pobre do bicho. A certa altura, o mais novo, brincalhão como sempre, disse para os outros: " Aqui temos o mote para saber quem vai pagar o almoço. Vamos fazer uns versos sobre a morte do lobo e pagará o almoço o autor da quadra mais feia ". Os outros dois companheiros aceitaram o desafio. Logo, o mais velho disse: " Este lobo, que aqui acabou, muita carne comeu e nenhuma pagou ". O do meio pensou e atirou para o ar: " Este lobo, que aqui deixou a vida, muita carne comeu mas nenhuma cozida ". O mais novo, atrapalhado com a rapidez e sabedoria dos amigos, pensou três vezes e disparou " Este lobo, que aqui quis tomar a sesta, já tomou muitas mas nenhuma como esta ". Se fazer os versos não foi muito difícil, o pior foi classificá-los. Como não chegaram a nenhuma conclusão, resolveram ir pôr o caso a um advogado da vila mais próxima. Lá chegados, foram recebidos por um sábio doutor de leis que, depois de ouvir as explicações dos três amigos, leu os versos, coçou a cabeça e disse: " Os três versos são muito bons, pelo que não consigo saber qual é o melhor. A única maneira de resolver este problema será vocês os três pagarem o almoço e terem-me como convidado ". Os amigos olharam uns para os outros e, como não sabiam como contrariar a douta opinião do advogado, acenaram a cabeça em sinal de concordância.

Vilar, 7 de Novembro de 2009


A Direcção

FIM DA ÉPOCA DE FESTAS E ROMARIAS

Com a actuação na Romaria de Santa Eufémia, em Arcozelo, terminámos a época de festas do ano 2009. É certo que ainda podem surgir mais duas actuações, mas ainda não há confirmação. Como se lembram, começámos o ano com a participação no Encontro de Cantadores de Janeiras organizado pela Câmara Municipal de Vouzela, na freguesia de Paços de Vilharigues, em 3 de Janeiro. Depois foram mais 21 actuações que nos levaram a vários pontos do país, tais como Viana do Castelo, Aveiro, Vila do Conde, Águeda, Mira, Campia, Vouzela, Termas de S. Pedro do Sul, etc. Participámos em vários festivais onde conhecemos grupos de outras regiões, com quem convivemos e fizemos amizade.
Agora, está na altura de descansar um pouco. Vamos fazer umas pequenas férias e regressar no dia 07 de Novembro, pelas 8,30 horas, para o primeiro ensaio. Com certeza que não vamos continuar todos e que novos elementos irão entrar, há 26 anos que é assim. Nós passamos e a nossa Associação fica.

Estivemos a reflectir um pouco sobre o ano de 2009 e lembrámo-nos que ainda não publicámos as fotos da festa do Natal/2008. Vai ser agora

Um grande abraço para todos

A Direcção

Mensagem de abertura

Ao abrirmos este BLOG, queremos saudar todos aqueles que, com a sua dedicação, esforço e espírito de sacrifício, contribuíram para que o Rancho Folclórico de Vilar de S. Miguel do Mato tivesse festejado, em 2008, o seu 25º aniversário. Curvamo-nos sobre a memória dos nossos amigos que já partiram e fazemos votos para que o seu exemplo de amor ao nosso Grupo de Folclore seja a estrela que conduza os actuais e futuros elementos pelo caminho do sucesso.

Por terem surgido algumas dúvidas, queremos esclarecer que o nosso Rancho nasceu em 1983. Pois, foi em 1983 que o Senhor Armando da Costa teve essa iniciativa e foi nesse ano que se fizeram as primeiras recolhas e ensaios. Poucas pessoas acreditaram no futuro do Grupo, o certo é que as actuações no Verão de 1984 vieram provar que havia pernas para andar. Agora, era preciso legalizar o Rancho como Pessoa Colectiva. Assim, foi decidido criar a Associação Cultural e Recreativa de Vilar de S. Miguel do Mato e nela integrar o Rancho Folclórico. No dia 09 de Novembro de 1984, no Cartório Notarial de Vouzela, é constituída a Associação e a usa escritura assinada pelos Senhores Horácio Rodrigues Ribeiro, Armando da Costa, Augusto Gonçalves Júnior, Adelino Lopes Lourosa, Manuel Soares Cravo Júnior, Manuel Joaquim Meneses Pereira, João Meneses Pereira, Adelino de Oliveira Marques e António Pereira Vítor.

A Direcção da Associação


Historial
O RANCHO FOLCLÓRICO DE VILAR DE S. MIGUEL DO MATO nasceu em 1983, por iniciativa do Senhor Armando da Costa, na pequena aldeia de Vilar, da freguesia de S. Miguel do Mato, do concelho de Vouzela, com o propósito de recolher, preservar e divulgar os usos e costumes da região onde se insere. Atravessada pela Estrada Romana que ligava Viseu a Aveiro, também conhecida pela estrada da sardinha, não admira que o seu folclore tenha sofrido influência da beira-mar, trazida pelos almocreves ou simples viajantes que por lá passavam e pernoitavam em Vilar ou na região. Por sua vez, os grupos de “ratinhos”, que todos os anos demandavam as terras do Ribatejo, trouxeram novas maneiras de cantar e dançar para a região.

Os seus trajos simples de Trabalho, Romaria e Domingueiros, espelho de quem vivia da mísera agricultura de sobrevivência, contrastam com a alegria das suas danças e cantares.

Vinte e seis anos após a sua fundação, o Rancho Folclórico de Vilar de S. Miguel do Mato orgulha-se de já ter levado por todo o país o nome da sua terra, da sua freguesia, do seu concelho e da sua região - a linda Região de Lafões.